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CGU e PF investigam desvio de dinheiro na prefeitura de Salvador

Esquema fraudava contratos de tecnologia com secretaria de Saúde
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Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional
12/06/2025 - 13:14
São Luís
Brasília (DF), 11/02/2025 - A Polícia Federal deflagrou a Operação Dissímulo, com o apoio da Controladoria-Geral da União - CGU e da Receita Federal do Brasil, para desarticular um grupo criminoso voltado à prática de fraudes em licitações na área de terceirização. Foto: PF/Divulgação
© PF/Divulgação

Um grupo criminoso com integrantes dentro da Prefeitura de Salvador (BA) foi descoberto desviando recursos públicos, por meio de contratos irregulares feitos com organização sem fins lucrativos, e ligados aos serviços de tecnologia.

As investigações são da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF), que saíram às ruas nesta quinta-feira (12), para cumprir 25 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 100 milhões de pessoas físicas e jurídicas e do afastamento desses agentes públicos envolvidos.

Mas não foi só na capital. Os 130 policiais e 18 auditores realizaram também os mandados nos municípios baianos de Mata de São João e Itapetinga. E ainda, na capital alagoana, Maceió.

A investigação começou após a identificação de uma movimentação suspeita de recursos públicos, feita por entidades e empresas privadas contratadas por diversas prefeituras baianas. Dentre elas, chamou atenção um contrato com a capital, Salvador, por causa do elevado faturamento nos últimos anos, e que é relacionado à prestação de serviços de Tecnologia da Informação, na área da saúde.

A PF e a CGU constataram irregularidades no pregão feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. A entidade simulava pagamentos, mas transferia os recursos para empresas privadas, no nome dos próprios agentes públicos envolvidos nas fraudes. O esquema pode ter durado quase uma década, com pagamentos realizados sem a cobertura contratual. 

Nós tentamos contato com a Prefeitura de Salvador, para comentar sobre o contrato e os funcionários envolvidos. Ainda sem resposta.

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